sexta-feira, 23 de maio de 2014

Chamada para publicação da Revista Eco.Pós | vol. 17.2. Transformações do visual e do visível


Está aberta, até o dia 20 de junho, a submissão de trabalhos para o segundo número da revista ECO-PÓS, cujo tema é "Transformações do visual e do visível". O periódico aceita trabalhos com autoria de doutores ou em co-autoria com doutores. Mais abaixo, a ementa do dossiê.

Em fluxo contínuo, podem ser feitas submissões para a seção "Perspectivas", que abriga temas livres. A seção "Resenhas" não conta com a restrição de titulação, mas devem ser de títulos com até dois anos de publicação.

O link para submissões é o seguinte: http://www.revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/index 


vol. 17.2. Transformações do visual e do visível

Contemplará estudos sobre as transformações da cultura visual e dos regimes de visibilidade nas sociedades moderna e contemporânea, especialmente aqueles que abordem tais dimensões: as mediações tecnológicas e as reconfigurações da experiência visual; o papel dos dispositivos audiovisuais na construção do olhar; os regimes de historicidade da visualidade; o fetichismo da imagem e a cultura do consumo; a crise do real e a espetacularização; as reconfigurações do público, do privado e do íntimo na sociedade da imagem; as articulações dos regimes de visibilidade midiática com modos contemporâneos de subjetivação; os simulacros, a simulação e a hiper-realidade; a impregnação da imagem na vida cotidiana e as possibilidades de transmutação do imaginário em imagens tangíveis; os hibridismos entre imagens e objetos; as narrativas visuais pós-fotográficas; as diferentes estratégias de produção de “efeitos de real” nos discursos imagéticos; o “ao vivo” e o “tempo real” no telejornalismo e em outras performances da imagem; as articulações e tensões entre o ficcional, o jornalístico e o documental; a cultura participativa e os novos produtores de imagens; as imagens da multidão, da massa e do povo; as disputas pela visibilidade na cultura das celebridades; a política de imagens e as imagens da política; os dispositivos midiáticos nos processos de constituição do visível e do invisível; e, também, as imagens de vigilância, seus dispositivos de controle e a constituição de um novo regime de visualidade.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

7º Encontro Nacional do GT de Estética da ANPOF - de 27 a 29 de maio, na UFF


Àqueles que estiverem pelo Rio/Niterói, recomendo vivamente o evento abaixo. Eu não estarei por aqui, mas vou averiguar se alguma publicação resultará do evento e, caso encontre alguma coisa, posto por aqui. A programação completa pode ser acessada aqui.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

A topologia dinâmica de Gilbert Simondon - apresentação amanhã, às 12:30, na PUC-Rio


Como alguns já sabem, em minha tese de doutorado investigo as chamadas câmeras inteligentes (smart cameras). Amanhã apresento uma parte do que será o terceiro capítulo da tese na Semana Acadêmica de Filosofia da PUC-Rio. A partir de alguns contextos de utilização das smart câmeras - sobretudo aqueles em que a ação das câmeras inteligentes prescindem da visualização de imagens por atores humanos (um exemplo do que estou falando pode ser visto aqui) -, pareceu-me oportuno investigar o estatuto destas imagens com respeito às relações topológicas que estabelecem com o que é diferente delas, seja o contexto que elas monitoram, seja, em um plano mais especulativo, com todas as demais imagens do mundo.


A concepção de imagem como representação e, neste sentido, exterior e segunda em relação ao objeto representado parece insuficiente para dar conta das câmeras inteligentes, que são operativas, performativas e pró-ativas. Por conta disso, a topologia relativa proposta por Gilbert Simondon pareceu uma porta de entrada interessante para reivindicar a contiguidade das imagens inteligentes ao mundo. Embora já tivesse lido Simondon, só percebi a rentabilidade de sua topologia para pensar nas inflexões contemporâneas da técnica a partir deste artigo de Fernanda Bruno.

Na apresentação de daqui a pouco só falarei das câmeras inteligentes para introduzir o contexto a partir do qual Simondon me interessa. Me deterei mais em sua filosofia da individuação que, sendo tão complexa, é sempre um desafio pelo esforço de clareza requerido. Abaixo, uma pequena amostra do que propõe Simondon:

Recusando uma topologia que suponha um interior e um exterior absolutos, Simondon propõe, no domínio da individuação do organismo vivo, diversas camadas de interioridade e de exterioridade: “o espaço das cavidades digestivas é uma exterioridade em relação ao sangue que irriga as paredes intestinais; mas o sangue é por sua vez um meio de exterioridade em relação às glândulas de secreção interna que derramam os produtos de sua atividade no sangue”. Dentro e fora, interior e exterior são, portanto, forjados através de uma “mediação transdutiva de interioridades e exterioridades”. Esta topologia inscreve no vivo uma heterocronia que não coincide com a experiência linear do tempo subjacente às abordagens substancialistas e hilemórficas do ser individuado. O espaço interior aparece como a cristalização de uma sucessão temporal passada, na medida em que, o que foi produzido pela individuação no passado integra o conteúdo do espaço interior que, por sua vez, está em contato com o conteúdo do espaço exterior, que pode advir. A exterioridade é, assim, um futuro e o presente é, por fim, “esta metaestabilidade da relação entre interior e exterior, entre passado e futuro", relação que caracteriza os processos de individuação.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Thomas Levin no Rio de Janeiro - 23/05 na ESDI (UERJ)



Thomas Levin, um teórico da imagem - e, atualmente, do som também - extremamente inspirador, que teve sua vinda ao Rio em 2011 cancelada (para o Seminário Linguagens Itinerantes da Fotografia em 2011, quem lembra?) finalmente virá falar para o público carioca.

No seminário intitulado "Reading Glitch", Thomas Levin abordará uma determinada “estética do defeito”, analisando filmes e clips musicais em que o processo de compressão e descompressão das imagens em movimento trazem tanto novas gramáticas visuais como questões referentes aos meios artísticos. Rica em exemplos, a palestra se dirige a todos os que se interessam pela imagem contemporânea e suas relações com tecnologias do presente e do passado. Seminário aberto ao público e grátis.

Thomas falará em inglês mas entenderá perguntas e comentários em português.

Thomas Y. Levin
É professor de teoria e história da mídia, teoria cultural, história das idéias e estética na Princeton University, EUA. Tem ensaios publicados na October, Grey Room, New German Critique, Screen, The Yale Journal of Criticism, Musical Quarterly, entre outras publicações. Traduziu e editou três livros sobre o trabalho do teórico Siegfried Kracauer, incluindo a edição crítica de The Mass Ornament: Weimar Essays (Harvard UP, 1995). Foi parte do grupo curatorial responsável pela primeira exposição da Internacional Situacionista no Centro Pompidou, ICA London e ICA Boston em 1989. Levin também concebeu e foi curador da exposição CTRL [SPACE], Rhetorics of Surveillance from Bentham to Big Brother, inaugurada no ZKM Center for Art and Media Technology, em Karlsruhe, em outubro de 2001 e editou o catálogo do mesmo título (com Ursula Frohne e Peter Weibel), publicado pela MIT Press no ano seguinte. Está atualmente envolvido em pesquisas referentes ao correio sonoro em midias analógicas e estéticas alternativas trazidas pelas novas tecnologias.

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